sexta-feira, 1 de outubro de 2010

- Memórias não-póstumas.

Sabe, ontem a noite quando eu deitei a cabeça sobre meu travesseiro, fui tomado por um turbilhão de memórias. Muita coisa me veio a tona, numa “pancada” só. Confesso que fiquei em um estado de “fora de mim”, porque já não eram mais as memórias de costume, mas sim memórias que há muito tempo já estavam esquecidas, que eu, na minha doce ingenuidade, achei que tinha queimado em uma fogueira qualquer. Tentei dormir, mas não consegui. Sonho atrás de sonho, lembrança atrás de lembrança, algumas reais, outras inventadas apenas para satisfazer meu alter ego. O que era real funcionava como pesadelos.
É engraçado ver como temos medo de algo que passou, as vezes chega a soar insano temer algo que ficou para trás, que está apenas na lembrança, que se tornou ilusão. Eu tenho medo, medo de que as lembranças me mostrem que o mundo aonde eu vivo não passa de uma mentira, medo de descobrir que o real está lá fora, que o presente já está cansado de me esperar e que o passado já não quer mais me aturar. Eu sinto medo, medo das lembranças, medo dessa ilusão que pode me matar, ou não.

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