domingo, 10 de outubro de 2010

- inusitado

eu chorava tanto e tanto, o quanto ele me fazia sofrer. Eu não queria mais poder olhar sua expressão, entrar naquele navio novamente. As ondas mexiam com minha cabeça, e eu o amava cada vez mais. Como numa vida passada, ele me atormentava, sua respiração me deixava alucinada. A luz do luar, eu decidi o que queria. Eu não queria ele, eu queria a mim novamente. Haviam me roubado, me sequestrado. A cada dia, eu me tornava a marionete cada vez mais influenciável. Na frente daquele computador, eu lia todas as mensagens que ele me deixava, e que pra mim significavam, mesmo eu não querendo. Só me culpava por um dia o ter adorado tanto. Sim, ele cravou uma estaca em meu coração. Enquanto pensava nele, eu entrava em surto até que, finalmente, levantei, GRITEI, mas não adiantava, então eu fiz. A brisa, rumo ao precipício, decidida, eu só queria que acabasse. Estava prestes a me jogar, olhei para trás e nada vejo. Até que quando percebo, alguém estava ao meu lado, me abraçou e me recolheu totalmente. Nada tinha me deixado tão confortável como aquilo.
Levanto da cama, assustada e sufocante, percebo que tudo começou de novo.

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