sábado, 11 de junho de 2011

- Filme jamais produzido.

Eu me atiraria nos seus braços no final da tarde, depois de um dia cansativo no colégio. Te contaria minhas palhaçadas, meus segredos, meus sonhos, minhas manias. Eu pularia com você na cama dos meus pais. Eu seria eu mesma com você. Passearia de mãos dadas andando em cima das folhas secas. Dançaria com você na chuva, sorriria, te abraçaria, usaria seu casaco, e uma blusa sua, e você ficaria rindo de mim. Te chamaria de lindo, escreveria mil cartas pra você, colocaria bilhetes nos seus cadernos, e quando você estivesse na aula de Inglês, abriria o caderno e veria um “eu te amo, seu bobo”, escrito com uma caligrafia corrida num papel rasgado, e veria uma folha do seu caderno sem uma parte na ponta. Deixaria você chorar no meu ombro, quando seus pais brigassem, gritaria com você, bateria em você, deixaria você deitar no meu colo pra me contar algo. Eu simplesmente te amaria, sabe? Mas, isso é um filme que nunca vai ser produzido e colocado em cartaz no cinema da minha vida.

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