segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

- Hoje já não sou o que eu era antes.

Sofro a cada instante a tua ausência. Choro pelos cantos e me refugio no silêncio de um quarto escuro. Fujo dentre as pessoas de cabeça baixa tentando desviar de ti. Sonho com o dia em que voltaremos a conversar. Então poderei me explicar e te farei ouvir atentamente a tudo o que eu trago comigo. Ainda hoje não consigo entender o que nos afastou tão de repente. Talvez tenha sido a minha vontade de não mais me esconder atrás das sombras, ou então o teu medo de que eu me revelasse alguém completamente diferente. Hoje tudo o que eu consigo sentir é um nervosismo extremo a cada noite pensando que no dia seguinte eu vou poder te falar de nós dois. Sonho meu, você se esconde e me evita de uma forma incompreensível. Gostaria de ter o conhecimento suficiente para entender o porquê das suas atitudes. Mas eu jamais levaria a mal, sei que um dia vai parar e a droga alucinógena que tem te cegado vai parar de fazer efeito, então você vai parar em minha frente e pedir para que eu te faça companhia apenas por alguns minutos. Ou talvez essa minha ilusão seja a única forma que eu encontrei de continuar todos os dias. E as palavras que se repetem milhares de vezes em textos similares são a forma que eu encontro de passar os segundos angustiantes, cronometrados para que ao final eu possa comemorar a minha vitória diária, vinte e quatro horas sem ti. Depois de um dia me culpando por não ter-te procurado, a redenção, algumas horas de sono para que a cabeça desligue-se do que o coração jamais conseguirá esquecer.

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